Às vezes eu paro e lembro do primeiro dia de aula, e de repente me vem a mente a sua imagem, aquele que todo mundo chamava de coxinha, tinha um sorriso que até hoje, é o meu preferido, fora a cara de sapeca escondida naquele boné. E em pouco tempo, eu descobri um coração, um pouco carente, um pouco manhoso. Chegava de manha, e me abraçava como ninguém. Tudo durou pouco, mas pra mim, foram eternos momentos que até hoje me fazem falta. Foi incrível depois de tanto tempo escutar sua voz no telefone, me senti como na primeira vez que você me grudou na muretinha da escola e me beijou, e ficou horas e horas conversando comigo no banco do ponto de ônibus. Eu sinto falta do seu celular que eu nunca soube mexer, daquela sua risada hilária, e principalmente de todas as vezes que precisava de mim quando estava doente, das vezes que chegava e simplesmente ficava me abraçando, e mesmo sem dizer nada, confesso que ter você na minha vida,  foi uma das coisas que eu jamais esperava, e que hoje, eu faço de tudo pra não perder. Eu confesso que te sinto toda vez que piso naquela escola, que a saudade me aperta sempre que vejo a sua fotinha na pagina da internet, que eu sinto o coração mais forte toda vez que a gente conversa. Eu vou te levar pra sempre comigo, independente do tempo, da distancia. Eu te carrego pra sempre no meu coração, o lugar que eu te coloquei desde quando eu te conheci. Eu posso nunca ter dito que te amava, mas você sempre soube que isso não faz muito meu estilo né?! Mas eu te digo que o  eu te amo é pouco pra tudo que sinto ou já senti por você, eu te amo não descreve nem resumidamente o que você significa pra mim, e mesmo que a distancia separe, eu vou estar com você, no seu coração, porque eu faria de tudo só pra te ver sorrir pra mim mais uma vez...

Antes de você, eu não entendia as canções, dormia bem todas as noites, não me importava com as minhas roupas, esquecia o celular, tinha pensamentos livres e horas vagas. Meu coração era saudável, lento, constante. Eu não tinha febre psicológica, crise emocional, stress acumulado, nem carência afetiva. Não tinha ciúme, ódio, ou pensamentos psicopatas. Eu sempre tinha a razão, não aguentava reclamações, não planejava tantas coisas boas e bobas. Antes de você eu não morria de saudade, não era tão bem-humorada, não me preocupava em fazer alguém feliz, em cuidar de alguém. Eu não sabia sequer que um abraço curasse tanta dor, que o mundo cabia num sorriso, e que era possível gostar tanto de uma pessoa. A verdade é que antes de você, eu não era eu. Agora eu sei porque você faz tanto sentido.